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quinta-feira, 31 de março de 2011

A CARTA DE UM SOBREVIVENTE

Era um domingo desses cheio de expectativa e a espera de grande diversão, chequei a o equipamento tudo em ordem, pegamos a estrada em direção a praia no carro muita alegria e diversão, com aquele vento perfeito que entrava pela janela, e o nascer do sol por traz da cerra nos encantava e nos alegrava por cada curva da rodovia, era dez horas da manhã quando chegamos na praia foi quase duas horas e meia de viagem com muitas fotos e lindas paisagens, tiramos os equipamentos do carro colocamos o barco na agua, e em direção a uma ilha que ficava a quarenta minutos do porto um percurso muito usado em nossos domingos, chegamos, depois de meia hora por surpresa de todos pela rapidez que foi, acreditamos que era a o vento que estava ao nosso favor, descemos na ilha e fomos em direção a mata virgem, linda sem danos perfeita como se fosse um paraíso.
Com muita alegria nos equipamos pra nossa primeira aventura pular em uma cachoeira de quase quinze metros de altura, depois resolvemos fazer o que mais amo, rapel de quase mil metros de altitude com ângulos que variavam de noventa a oitenta grau, era quase quatro horas de subida pela dificuldade de acesso, subimos tirando muitas fotos e fazendo muita graça e comentando pela perfeição onde não a mão do homem que só faz destruição.
Mas o tempo mudou de repente depois de quase três horas de subida, o tempo começou a escurecer, e o inicio da tarde parecia que era o inicio da noite de tão escuro que estava, o vento cada vez mais forte, resolvemos descer mas ia ser mais lenta pois era muito forte o vento, na metade da descida começou uma chuva e com ela relâmpagos e trovões, que nos deixávamos mais tenso e com a tentativa mais rápida do paredão, quando faltava uns vinte minutos pra chegar ao pé da serra onde iniciamos nossa subida, aconteceu o que menos esperávamos uma descarga elétrica caiu a uns cinqüenta metro acima de nos, que fez um de nos desmaiar e me deixou muito zonzo, mas como estava com muita segurança pelos equipamentos ao desmaiar ele fico pendurado resolvi tentar reanimar mas nada adiantava ele ainda estava desacordado, agora tinha que desce ele, mas era difícil pois avia muitos obstáculos no caminho e a descida que ia gastar vinte minutos se tornou mais lenta, e mais perigosa pelo tempo que só piorava, depois de sessenta minutos chegamos no na base onde estava o resto dos equipamentos, mas não poderia ficar la pra espera o tempo melhorar pois avia muitos relâmpagos e nos era alvo perfeitos e teríamos que sair o mais rápido o possível daquele lugar, mas o desespero aumentou quando percebemos que saia muito sangue da nuca do meu amigo, que deve ter batido a cabeça em alguma pedra quando ele desmaiou mas la não dava pra percebe pois avia muita chuva e estava muito escuro, ai que nossa presa pra chegar a cidade aumentou.
Pegamos a trilha em direção ao barco carregando meu amigo, e por causa do caminho de mata virgem eu achava que não ia conseguir já não avia mais forças no meu corpo minha mente muito abalada, mas mesmo assim tive força pra seguir a o caminha que por nos estava marcado por não ter estrada, depois de duas horas de caminhada chegamos a praia onde o barco estava.
Mas a chuva cada vez mais forte que deixava o mar cada vez mais agitado, sabia que era muito perigoso pois o barco era muito pequeno e não haveria remo que pudesse nos controlar em meia agitação do mar, mas meu amigo ainda desacordado que estava tremendo muito e com uma grande perda de sangue, resolvemos arriscar pois os raios era cada vez mais constantes e sabíamos que se ficar ele iria morre por perder muito sangue, pegamos o barco e colocamos uns pedaço de madeira atravessando o barco pra que pudéssemos ganhar mais estabilidade e ter menos risco que o barco vire no meia as ondas. Depois de pronto arrastamos o barco pra agua e remando com muita dificuldade pra longe da praia, era muito difícil pois as ondas queria nos arrastar pra volta a praia mas com muito custo chegamos ao meio do caminha que no meio de uma imensidão de agua salgada, que sem enxergarmos o porto só guiamos por uma luz que brilhava de um farol, que em meio as ondas gigantes desaparecia por alguns minutos, mas cada vez ela aparecia mais forte mas era muito cansativo remar e ao mesmo tempo retirar a agua que as ondas jogava pra dentro do barco, eu não sabia se chorava se desesperava, se parava ou prosseguia mas olhava meu amigo cada vez mais fraco e ainda desacordado, mas o medo da perda me dava coragem e força pra poder prosseguir o caminha gelado e escuro, quando estava fazendo três horas dentro do mar avistamos a praia que ficávamos alegre mas ainda muito tenso pois sabemos que ainda não era o fim.
Chegamos ao porto depois de três horas e trinta minutos, com muita dificuldade retiramos o barco da agua pra poder carregar meu amigo que parecia que ele aumentava dez quilos a cada minuto, tinha que carregar durante quinhentos metro ate chegar ao carro que estava no alto da praia.
Parecia que nunca ia chegar ao carro, pois meus pulmões já ardia de tanto cansaço e frio, mas com muito esforço chegamos ao carro que pela tempestade e presa acabamos perdendo a chave tivemos que quebrar o vidro e com muita dificuldade fazer ligação direta.
Dentro do carro meu amigo começou a delirar e ficando cada vez mais branco pela grande perda de sangue, sairmos em alta velocidade em direção a cidade que em cada curva ficava mais perigosa pela pista molhada e a visão muito embaçada.
Estava muito rápido pois em pouco tempo chegamos a cidade, que ainda muito apavorados entramos no hospital que rapidamente chegaram enfermeiros com uma marca que onde coloquei meu amigo, mas como estávamos muito molhado e frio e quase entrando em choque de hipotermia fomos conduzidos a um quarto onde tivemos de ser tratado e ficamos de repouso ate o dia seguinte, por causa da medicação ficamos desacordados, era quase meio dia do dia seguinte, acordamos meio sem saber do que estava acontecendo e aos poucos relembrando, lembrei do meu amigo, e logo chamei um enfermeiro que rapidamente apareceu e pediu que eu me acalmasse era difícil mas me contive, e fui direto perguntando onde estava meu amigo, ela disse que o médico queria falar com a gente, nossa eu fiquei desesperado comecei a chorar, pois acreditava que meu amigo não tinha sobrevivido, quando o medico chegou e disse. É fazemos o que estava no nosso alcance, ai que eu vi que ele tinha partido e abracei a minha amiga com muito choro. E quando o médico disse calma ele esta vivo e muito bem, e ele deve a vida a vocês pois se demorasse cinco minutos ele não resistiria.
É foi muito emocionante chorei de alegria e logo fomos visita-lo no quarto onde ele estava, que ele nos recebeu com um lindo sorriso sincero, e com muita emoção nos abraçou e nos disse obrigado por me fazer novamente viver.
Hoje estou aqui do lado desse farol depois de um ano relembrando de um dia que descobri que o fim da força não é aquela que nossos corpos já não suporta as dores mas sim quando a nossa mente controla o nosso coração fazendo acreditar que aquele momento é o limite é o fim.

"Darley Soares"

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